Insolvências aumentam 16% em maio e constituições continuam em queda acentuada
Verifica-se um decréscimo de 54,1% no número de novas empresas em maio, enquanto as insolvência aumentam 16%. Os impactos da pandemia neste dois indicadores começam a acentuar-se.
As insolvências aumentaram 15,96% em maio face ao período homólogo de 2019, com 603 empresas insolventes. O valor acumulado é 4,2% superior ao de 2019, com um total de 2.281 empresas insolventes.
Porto e Lisboa são os distritos que apresentam valores absolutos mais elevados, 572 e 472 respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 3,4% no Porto e de 2,4% em Lisboa. Braga ocupa a terceira posição, com 266 insolvências e uma variação de 5,1% face ao período homólogo.
Os setores que apresentam diminuição nas insolvências são: Indústria Extrativa (-33,3%), Telecomunicações (-33,3%), Construção e Obras Públicas (-9,2%), Transportes (-4,1%) e Comércio de Veículos (-1.3%). Os aumentos fazem-se sentir nas atividades de Eletricidade, Gás e Água (33,3%), Agricultura, Caça e Pesca (27,8%), Hotelaria e Restauração (13,9%), Comércio a Retalho (10,8%), Outros Serviços (9,5%), Indústria Transformadora (4,4%) e Comércio por Grosso (3,5%).
Constituições continuam em queda acentuada
As Constituições de empresas no mês de maio passaram de 4.298 em 2019 para 1.972 em 2020, menos 2.326 empresas em termos homólogos (-54,1%). Em termos acumulados, verifica-se uma diminuição de 37,4% com menos 9.083 empresas que em igual período de 2019. O total de 2020 situa-se nas 15.226 novas constituições.
Lisboa apresenta o número de constituições mais significativo, 4.901 novas empresas, embora o valor traduza uma diminuição de 37,2% face a 2019. O distrito do Porto regista a criação de 2.780 empresas, menos 37,3% que no ano passado.
Os setores com maior número de constituições são Outros Serviços, com 6.642 novas empresas, Construção e Obras Públicas, com 1.722 novos projetos, Hotelaria/Restauração (1.500), Comércio a Retalho (1.243) e Transportes (1.172). Contudo, em termos comparativos, todos os setores de atividade apresentam decréscimos significativos, com as descidas mais acentuadas a verificarem-se na Indústria Extrativa (-77,3%), Hotelaria/Restauração (-41,6%), Construção e Obras Públicas (-39%), Outros Serviços (-38%), Comércio e Veículos (-37,8%), Comércio a Retalho (-37%), Comércio por grosso (-35,8%), Transportes (-33%), Agricultura, Caça e Pesca (-32,1%), Indústria de Transformação (-32%), Telecomunicações (-31,3%) e Eletricidade, Gás, Água (-25,2%).