Partilhar o risco para promover a inovação
Lançar e escalar uma empresa de base tecnológica exige mais do que uma ideia inovadora e um plano de negócios estruturado: entre outras coisas, é necessário capital para financiar o projeto.
Muitos empreendedores portugueses debatem-se com o desafio de encontrar financiamento para os seus projetos, principalmente para as fases de desenvolvimento inicial, mas também financiadores que acreditem no seu potencial, pois são considerados “de alto risco”.
A ANI – Agência Nacional de Inovação disponibiliza um conjunto de serviços que visam capacitar as empresas para aceder a investimento, bem como um número variado de instrumentos de apoio à sua atividade que complementam, pela via de incentivos financeiros (Portugal 2020) ou fiscais (SIFIDE II), os investimentos em “equity” realizados pelos Business Angels e investidores em Capital de Risco. A ANI intervém na qualificação do “deal-flow” que chega a estes operadores e disponibiliza um conjunto de instrumentos que, complementando os seus investimentos, permite reduzir o perfil de risco e alavancar as taxas de retorno.
No âmbito do programa europeu Horizonte 2020 (H2020), estão disponíveis instrumentos financeiros (dívida e “equity”) no tema Acesso a Financiamento de Risco, previstos na iniciativa InnovFin. A janela de dívida encontra-se devidamente consolidada em Portugal. Neste momento, Portugal é um dos principais beneficiários deste tema, nomeadamente em empréstimos e garantias, na iniciativa InnovFin SME Guarantee, com quatro Bancos a comercializar linhas para PME inovadoras, num total de 620 milhões de euros: o BPI, o Millenium BCP e o Novo Banco, com uma linha de 200 milhões de euros cada, e o Montepio Geral com uma linha de 20 milhões de euros. Irão ser disponibilizados no futuro instrumentos financeiros na iniciativa InnovFin Equity.
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