Retrato traçado pela Informa D&B
Um retrato comparativo das novas empresas, fundadas no período 2007/15, traçado pela Informa D&B, a partir do cruzamento e análise de indicadores de atividade. Naquele período foram criadas, em média, 31 mil empresas por ano, num universo total de 309 550, entre sociedades e outras organizações.
O estudo sobre o empreendedorismo em Portugal concluiu que hoje as novas empresas são de menor dimensão e têm um perfil mais exportador apesar de faturarem menos. E a configuração sectorial também se alterou, com negócios como o alojamento e restauração a ganharem preponderância.
MAIS INICIATIVA INDIVIDUAL
Nestes oito anos, as sociedades unipessoais ganharam terreno às sociedades por quotas, evoluindo de 36% (2007) para os 49%. Mas, em 2015, as sociedades por quotas voltaram a ganhar relevância, subindo 9,3%.
Entre 2007 e 2015, as novas empresas reduziram o número de empregados, passando de uma média de 2,6 para os dois. No primeiro ano de vida, o volume de negócios regista igualmente uma redução, passando de uma média de 90,2 mil euros (2007) para 70 mil.
O capital inicial das startups é cada vez mais pequeno .Em 2015, metade das sociedades foram constituídas com um capital inferior a 5 mil euros - destas sociedades, a média do capital social é de 1 038 euros.
PERFIL EXPORTADOR
O estudo sobre o empreendedorismo em Portugal verifica um perfil mais exportador - 10% das novas empresas exportam agora logo no primeiro ano, uma subida de 3% face ao registo de 2008. O peso das exportações na receita das startups subiu de 46% para 63%.
A Informa D&B concluiu que o segmento de alojamento e restauração foi o que ganhou mais relevância (passou de 5º para 3º lugar) e existe agora uma maior distribuição setorial. Agricultura, pesca e telecomunicações também estão em alta. Mas, os setores de serviços e retalho permanecem como os mais dinâmicos.
Na iniciativa empresarial, o norte bate Lisboa. Mais de 85% das novas empresas surgem nas regiões de Lisboa, Norte e Centro. Mas, o Norte lidera desde 2008. Em 2015, acolheu 34% dos nascimentos, face a 33% de Lisboa. O Algarve é a única região do país em que a criação de empresas está a encolher.
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