Alemanha – Bicicletas

Breve Apontamento

O documento publicado pela AICEP e que pode ser consultado aqui, pretende reforçar as bases de conhecimento sobre mercado, drivers de consumo e principais clientes-alvo, de forma a contribuir para materializar mais rapidamente a vantagem competitiva de Portugal.

A Alemanha é o maior mercado europeu do setor, com quase tantas bicicletas como residentes. Só em 2018 venderam-se 4,2 milhões destes veículos na Alemanha, no valor de 3,2 mil milhões de euros, com tendência de crescimento de 20 por cento em valor e de 3 por cento em volume nos últimos dois anos.


A produção interna representa menos de metade do consumo e uma parte relevante é assegurada por filiais de grupos estrangeiros, asiáticos ou holandeses. Assim, a Alemanha importa cada vez mais bicicletas. Em 2018 importou 3 650 milhões de euros, mais 10 por cento do que no ano anterior.



O seu valor médio tem aumentado devido ao uso crescente das bicicletas elétricas que estão a ganhar protagonismo no contexto da transformação dos modelos integrados de mobilidade e partilha de transporte: em maio deste ano, em Berlim, a Uber lançou a rede de bicicletas Jump e a imprensa alemã refere o facto de estas serem produzidas em Portugal.



Também as bicicletas de maior robustez e alto-valor são, cada vez mais, de uso diário. O estímulo ao financiamento da sua compra, através de incentivos fiscais ao trabalhador e à empresa, abre maiores perspetivas de crescimento do mercado.



Para a indústria portuguesa, tão interessante como a exportação de bicicletas é o mercado de componentes, a integrar na produção, e o mercado de acessórios, dirigido ao cliente final. Anualmente, a Alemanha importa quase 2 mil milhões de euros em componentes.



É possível comprar bicicletas em qualquer lado, desde o grande armazém – estilo department store, até às cadeias de supermercado, destacando-se Lidl e Aldi com campanhas agressivas, mas o peso do online é cada vez maior, por transferência quase direta do retalho não-especializado. A comodidade da entrega em casa, associada a uma logística de encomendas muito eficiente, leva a que a opção da compra online seja cada vez mais relevante.



Mas o retalho especializado está em expansão, com a fidelização do consumidor a fazer-se no serviço pós-venda e na tentação dos acessórios. Para quem faz uso diário da bicicleta, a revisão a cada seis meses torna-se um imperativo e, com cada ida à “oficina”, surge a tentação dum cadeado mais robusto, dum cesto de compras, dum farol led, num rol interminável de gadgets adquiridos em compra de impulso.



No início de setembro realiza-se, em Friedrichshafen, a Eurobike, principal certame do setor e uma oportunidade para afirmar Portugal como centro de inovação tecnológica e de patentes, vendendo knowhow de engenharia, design e materiais, às grandes marcas, e mostras a capacidade de resposta da indústria portuguesa a séries curtas e encomendas constantes.






02/09/2019

Fonte: AICEP

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