Canal 180

Cultura e arte alternativa na TV, internet e mobile

O Novo Rumo a Norte conta-lhe o percurso do Canal 180, o primeiro projeto português de televisão independente dedicado à cultura e que está disponível na TV por cabo, Internet e Mobile e que nasceu no Norte de Portugal. Este canal venceu o Prémio Nacional de Indústrias Criativas Unicer / Serralves e quer afirmar-se como canal especializado com conteúdos originais que oferece uma cobertura representativa da produção cultura nacional e promove uma nova geração de criadores de conteúdos multiplataforma.

O Prémio Nacional das Indústrias Criativas Unicer / Serralves foi o teste para os fundadores da OSTV | Canal 180 perceberem se a sua arrojada ideia de negócio tinha viabilidade. João Vasconcelos, um dos fundadores da empresa, sabia que se vivia um momento “de grande transformação na criação e distribuição de conteúdos” e que não podia perder a oportunidade de fundar o primeiro canal de televisão dedicado à cultura e criatividade, disponível na tv por cabo, internet e mobile. Com o prémio nas mãos, os fundadores, tinham a garantia de que a ideia podia ser efetivamente um negócio e começaram a “desenhar a OSTV”.

Em 2011 nasce oficialmente o Canal180, o “primeiro canal sobre cultura e criatividade em Portugal, com uma programação de música e documentário, passando pelo design e arquitetura”, adianta João Vasconcelos. O canal que funciona no Polo das Indústrias Criativas (UPTEC PINC), no Porto, é “distribuído nos três principais operadores de cabo em Portugal (NOS, Vodafone TV e MEO)” e nas plataformas digitais mas até chegar aqui passou por várias etapas.

Antes de formar a empresa, os empreendedores concentraram-se na candidatura ao prémio indústrias criativas e no “desenvolvimento conceptual e plano de negócio”, uma etapa essencial para quem começa novos negócios. Ao mesmo tempo, revela João Vasconcelos, iniciaram os contatos para a criação de uma rede institucional “e a negociação com os parceiros de distribuição”, os operadores de televisão por cabo. Foi, igualmente, traçado o modelo de financiamento que recorreu a fundos comunitários.

Este caminho permitiu-lhes seguir com segurança para a etapa seguinte, que foi a da “implementação técnica, desenvolvimento criativo, construção da programação e da rede de colaboração, plano de comunicação e desenvolvimento comercial”, conta João Vasconcelos, que recorda terem existido alguns constrangimentos que foram ultrapassados com apoio externo.

O licenciamento na ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social foi uma dessas situações. “Embora se tratasse de procedimento muito técnico foi eficazmente resolvido com o apoio técnico e jurídico de um escritório de advogados”, explica João Vasconcelos, acrescentando que para a candidatura aos fundos comunitários recorreram igualmente a apoio especializado.

Seis anos depois de terem apostado tudo no Cabal 180, os 12 colaboradores do projeto, estão a cumprir o desafio que colocaram a si próprios, o de oferecer de forma independente e original uma cobertura ampla e representativa da produção cultural portuguesa, promovendo o desenvolvimento de uma nova geração de criadores de conteúdos multiplataforma.

Neste canal há de tudo um pouco desde a música ao documentário, passando pela arte urbana, tudo é feito através de uma rede internacional de colaborações, que inclui a Pitchfork e ArchDaily, e João Vasconcelos acredita que estão no caminho certo para atingir os seus objetivos que passam por “fazer um bom trabalho, apostar nas áreas de expertise, construir relações de confiança e exceder as expectativas dos clientes”.

17/02/2017

Fonte: NRN

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